CINCO HÁBITOS PARA REVERTER OS LAPSOS
Pesquisas recentes mostram que o estilo de vida influencia as funções dos neurônios. Escolhas saudáveis, portanto, podem prevenir e até mesmo reverter às falhas na memória. Especialistas da área revelam os cinco principais hábitos que, incorporados ao cotidiano, podem assegurar ou avivar suas lembranças.
1) Durma bem
O senso comum diz que com uma boa noite de sono o cérebro funciona melhor e lembra melhor. Diversos estudos sugerem que, durante o sono, o cérebro processa as experiências do dia, fortalecendo as conexões entre neurônios que foram formados durante o dia. Isso pode permitir lembrar a informação mais facilmente no dia seguinte. Especialistas também acreditam que, enquanto dorme, o cérebro do indivíduo enfraquece algumas conexões neuronais antigas para dar espaço a novas. Esse processo atua como uma faxina, descartando informações desnecessárias.
Para manter o bom funcionamento da memória, a maioria das pessoas precisa ter, no mínimo, de 6 a 8 horas de sono por noite. Algumas pesquisas mostram que exercício aeróbico intenso e um banho quente de 60 a 90 minutos podem ajudar a conseguir essa quantidade de sono pelo aumento da temperatura corporal e pela liberação de hormônios que despertam o sono. Para o efeito da sedação, é preciso fazer estas atividades, no mínimo, duas horas antes de ir dormir. Se forem feitas na hora de ir para a cama, elas fazem efeito contrário.
2) Mexa-se
Especialistas concordam que práticas aeróbicas melhoram a memória porque elevam a qualidade do sono. Mas atividades físicas podem trazer outros benefícios. Feitos a qualquer hora, exercícios moderados fazem com que o cérebro receba mais sangue, o que significa que ele adquire mais oxigênio e nutrientes. Ambos auxiliam os neurônios a trabalhar de forma mais eficiente.
Exercícios aeróbicos também aprimoram a memória pela liberação do stress. Quando o indivíduo está estressado, libera hormônios como o cortisol, que produz energia para ajudar o corpo a lidar com uma situação desafiadora. No entanto, esses hormônios danificam a memória central.
Estudos em animais mostraram que, depois de poucos dias de exposição a altos níveis de cortisol, células do cérebro da memória central começaram a morrer. Praticar atividades físicas faz com que o corpo "queime" a energia extra induzida pelo stress, reduzindo os níveis de cortisol. Para isso, bastam pelo menos 30 minutos diários de exercícios moderados, como andar ou pedalar.
3) Inclua cafeína e chocolate na alimentação
De acordo com pesquisadores, consumir um pouco de cafeína e chocolate por dia pode ajudar a reter melhor as informações. Antes, porém, é preciso escolher o tipo certo.
A cafeína deve ser adquirida de chá verde ou preto. O consumo da substância fará com que o indivíduo se sinta mais alerta, absorvendo melhor as novas informações. A cafeína também possui importantes antioxidantes, que quebram as células "danificadas" do cérebro. A única ressalva é que o chá não deve ser tomado com leite, porque interfere na absorção desses antioxidantes.
O chocolate ainda é polêmico, já que nada ainda foi comprovado. No entanto, pesquisadores suspeitam que os componentes presentes no chocolate escuro, chamados procyanidins, agem contra a oxidação e inflamação, dois efeitos que envelhecem o cérebro. Alguns cientistas acreditam também que os procyanidins também podem contribuir para melhorar a memória porque aumentam a circulação sangüínea.
4) Opte pela gordura certa
Para manter o cérebro em funcionamento, é preciso comer gordura diariamente. Mas, assim como a cafeína, escolher o tipo certo é fundamental. Estudos mostram que os ácidos do Ômega-3 podem evitar a perda das funções cognitivas.
Certos tipos de peixe e suplementos de óleo de peixe, sementes de linho, canola, azeite e nozes contêm esses ácidos. Segundo alguns pesquisadores, todos os peixes contêm componentes que melhoram o cérebro. Opte em comer uma porção de peixe, como salmão ou sardinha, 4 vezes na semana para deixar seu cérebro tinindo!).
Por outro lado, especialistas concordam que gorduras ruins (encontradas em óleos hidrogenados) são a pior coisa para a memória. Uma dieta rica em gorduras reduz o sangue nos vasos do cérebro e baixa os níveis de HDL (colesterol bom), cuja função é evitar o entupimento nos vasos sangüíneos. Essas gorduras ruins são encontradas em batatas-fritas, frituras e bolos que contêm margarina ou óleo.
5) Desafie seu cérebro
Pesquisadores mostram que a estimulação intelectual é a melhor maneira de fazer com que o cérebro trabalhe bem durante toda a vida. Alguns hobbies intelectuais desafiadores, como palavras-cruzadas e quebra-cabeças, ou uma boa leitura também podem impulsionar o funcionamento do cérebro.
Impor desafios previne a deterioração cognitiva porque fortalece as conexões nervosas utilizadas freqüentemente. Algumas teorias dizem que estas conexões se desintegram não importando o que faça, mas estimular o cérebro o pressiona a criar outras conexões para compensar a deterioração. O ideal é escolher um hobby que desafie partes do cérebro que o indivíduo não costuma trabalhar (caso o seu trabalho diário já seja intelectual, o melhor a fazer para o cérebro é ir para casa e ouvir música, pintar ou andar pela natureza).
Incorpore esse hábitos em sua vida e melhore a performance do seu cérebro!