quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

INCENTIVO À LEITURA - PARTE I

A Leitora (1770-1772) de Jean-Honoré Fragonard

Ainda não inventaram exercício melhor para a memória do que o hábito de ler atentamente e refletir sobre o texto, além de ser, indiscutivelmente, o melhor meio de aquisição de conhecimentos.

Muita gente não tem o hábito de ler por falta de tempo e de vontade; muita gente acha que ler é chato. Sendo assim, reverter o baixo interesse dos brasileiros pelos livros é de real importância (segundo pesquisa, o brasileiro lê, em média, 1,8 livro por ano).

Não há idade para se começar a gostar de ler. A boa leitura provoca a imaginação e desperta todas as memórias, além de utilizar as memórias visual, verbal e motora.

A leitura faz bem para a alma, estimula o cérebro, nos faz viajar sem levantar da cadeira e ainda nos torna cada vez melhor na arte de escrever. Arte esta imprescindível para quem deseja aprimorar ainda mais a comunicação como forma de conquistar resultados.

A prática da leitura nos permite também sermos mais participantes da vida e dos acontecimentos que nos rodeiam.

Ler é fundamental, porque nos permite viajar através das idéias do autor que nos escreve, soltar a nossa imaginação e exercitar o nosso pensamento.

O mais importante de tudo é que a leitura constante, e de autores variados, torna possível que o nosso pensamento comece a ser “dono de si”, autônomo, gerador de opiniões, com idéias próprias e que se articule com outras informações.

A boa leitura nos leva à capacidade de perceber, entender, opinar e transformar a sociedade à nossa volta. O processo da leitura cria diversos caminhos pelo seu cérebro. É o processo de retenção e associação de idéias, estimula a capacidade de abstração, interpretação, formação de conceitos, avaliação e aumento do vocabulário.

Concluindo, a leitura é o melhor exercício para potencializar a memória. No instante em que se lê algo, ativam-se (mobilizam-se, despertam-se) diversos tipos de memória: visual, auditiva, verbal, lingüística, cinestésica (memória do movimento, do gesto e da ação) e de imagens.

Ao lermos apenas a 1ª letra numa frase, o cérebro processa em milissegundos inúmeras palavras associadas àquela letra, ativando a memória, além de trabalhar a linguagem e a atenção.

Exemplo:

“Todo ano, no primeiro dia em que começa a nevar, faço a mesma coisa: saio de casa bem cedo, pela manhã, ainda de pijama, apertando os braços contra o peito para enfrentar o frio. Vejo a estrada, o carro de meu pai, o muro, as árvores, as colinas cobertas por mais de um palmo de neve. Sorrio. O céu está limpo e azul, e tudo é tão branco que os meus olhos chegam a arder. Enfio um punhado de neve na boca, fico ouvindo aquele silêncio abafado que só é rompido pelos grasnidos dos corvos. Desço os degraus, descalço, e chamo Hassan para vir também”.
(Trecho extraído do 6º capítulo do livro “O Caçador de Pipas" – de Khaled Hosseini)


Ao ler o trecho acima, não foi possível construir a cena com riqueza de detalhes? E também não foi possível ter acesso às sensações ao que o texto nos remete? Impressinante, não?

Curiosidade: As Mulheres costumam ler mais do que os homens. Será por quê? Aguardo comentários.

Amanhã, continuarei abordando o assunto. Até lá!

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